Escolha da moto – continuação


Escolha da motocicleta

Continuação

 

Quem leu a matéria “Escolha da motocicleta” deve ter entendido o meu método de ajudar na escolha:

 

F- Finalidade

 

H- Habilidade

 

C- Coração

 

O método ajuda o motociclista na escolha da motocicleta, principalmente o principiante.

Só para relembrar, a finalidade é o item mais importante na escolha da motocicleta, seguido da habilidade de conduzir uma motocicleta, e para finalizar o coração (o sentimento que você sente ao ver um objeto de desejo, olhou e se apaixonou sem saber se vai ter utilidade e ou se vai saber pilotá-la). Como mencionei na matéria, dependendo do propósito da utilização da motocicleta, a ordem das letras pode sofrer alteração. Hoje em dia se fabricam motocicletas de alta performance, com muita tecnologia. Escolher a motocicleta errada pode encerrar a pretensão de alguém ser motociclista. A pessoa sem ambição esportiva e que quer adquirir uma motocicleta para transporte no dia a dia ou mesmo para viagens, o que o coração sugere, em alguns casos coincide com a finalidade e a habilidade.

No caso dos que tem ambição esportiva, estes sim na maioria das vezes o que o coração sugere não é a escolha certa. Pois ao escolher uma   esportiva de grande potência, muitos abandonam o esporte e desistem. É simples, um passo de cada vez, não dá para sair pilotando uma motocicleta de 200hp, sentado numa posição radical, sem ter experiência, a chance de aprender a pilotá-la é remota, poucos conseguem, e portanto não vai sentir prazer, além dos riscos de sofrer um acidente. Eu tenho visto muitos motociclistas nas estradas dirigindo motocicletas esportivas e que mal inclinam nas curvas. Começando com uma média cilindrada, de preferência com uma geometria menos radical, o aprendizado flui melhor, o reflexo, o equilíbrio, a noção de velocidade, a aceleração e desaceleração, tudo vai sendo assimilado até o momento que você se sente hábil suficiente para vôos mais altos. Pular etapas geralmente não funciona. Aos cinquenta anos de idade resolvi voltar a treinar em pista de velocidade. Assistindo treinos e corridas, se eu fosse seguir meu coração, compraria na época uma Honda 600 F ou uma Suzuki SRAD 750. Fui consultar alguns pilotos conhecidos e um deles o Sidney Scigliano que correu comigo nos anos 70 me falou. Melhor começar com a Honda CB 500 que você vai se adaptar mais rápido e depois de uns meses quando passar para uma moto mais potente vai se sentir bem mais a vontade e com menos risco de acidente. O meu coração falou, que moto sem graça, nem carenagem tem. Falei com o Milton Benite que estava voltando a correr e justamente com a CB 500. Combinamos então de eu treinar com a moto dele. Foi ótimo, em pouco tempo já estava ambientado e virando bons tempos. Daí então adquiri uma 600c.c., a adaptação a maior potência, aos pneus de competição, a geometria e as suspensões com inúmeras possibilidades de regulagem foi mais natural, sem sustos.

Valeu o conselho!

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